Dra. Silvia HirataDra. Silvia HirataDra. Silvia Hirata
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Procedimentos

Ginecomastia
Mama masculina

As mamas masculinas que crescem por alteração hormonal ou acúmulo de gordura fazem parte de uma disfunção conhecida como ginecomastia.

O trauma psicológico que causa nos jovens e adolescentes só é comparado, nesta faixa etária, ao da orelha de abano. Os meninos não vão à praia, e nem à piscina, porque o ato de retirar a camiseta revela as mamas de aspecto feminino.

O que é a ginecomastia?

Ginecomastia (literalmente, mamas femininas) é causada por um desenvolvimento excessivo no tecido da região mamária masculina e ocorre nas fases de mudanças hormonais do homem (infância, adolescência e velhice) sem nenhuma doença de base, na maior parte dos casos. A alteração é normalmente causada por uma variedade de mudanças hormonais, sendo a maioria delas reversíveis durante a puberdade. Ou seja, a ginecomastia é, na maioria dos casos nesta faixa etária, uma condição benigna, tratável e corrigível.

Porém, causas orgânicas devem ser consideradas, especialmente em pacientes mais velhos. Se a condição persistir em um adolescente, a correção cirúrgica é realizada com redução satisfatória na maioria dos pacientes. Lipoaspiração é um procedimento auxiliar no refinamento dos resultados, mas em poucos pacientes pode ser usado como procedimento exclusivo.

A maioria dos homens com ginecomastia são viris, mas seu formato mamário feminino é uma causa importante de vergonha e inibição. Vários fatores sócio-culturais influenciam sua não aceitação pelo homem, sendo nos tempos modernos considerada uma deformidade. Embora vários estudos tenham sido realizados visando expandir as opções medicamentosas para tratamento da ginecomastia, a cirurgia do tecido mamário permanece como o método de escolha para sua correção. Devido ao estresse psicológico ser a razão principal para a indicação cirúrgica, os resultados estéticos têm grande importância para esses pacientes, devendo-se considerar o tamanho da cicatriz e deixá-la o mais imperceptível possível.
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Sinais Clínicos, Sintomas e Causas

No homem adulto normal, não há tecido mamário palpável. A ginecomastia apresenta-se como uma massa na região mamária, palpável, variando de 1,0 a 10 cm de diâmetro. Ela apresenta-se geralmente unilateral, podendo desenvolver-se, após meses ou anos na outra mama. Quando as duas mamas estão comprometidas, pode haver assimetria e a história de desenvolvimento, sequencial ou simultâneo, é importante.

O mamilo e a aréola raramente apresentam mudanças significativas, embora hipertrofia dos mamilos e alargamento das aréolas possam ocorrer. Os sintomas limitam-se à massa palpável e pouca dor à palpação, principalmente nos adolescentes, porém na maioria dos casos, a doença é assintomática. A maioria dos casos de ginecomastia apresenta-se na puberdade, com uma incidência de 65% jovens entre 14 e 15 anos. Essa condição desaparece durante os últimos anos da adolescência, apresentando-se apenas em 7% aos 17 anos de idade. A incidência aumenta com a progressão da idade, atingindo até 30% nos homens idosos.

As diferentes causas de ginecomastia determinam a abordagem terapêutica mais apropriada. O uso abusivo de bebida alcoólica e maconha podem predispor ao desenvolvimento da doença. A causa mais comum é um aumento nos estrógenos, uma diminuição nos andrógenos, ou um déficit nos receptores androgênicos. Ou seja, os fatores hormonais constituem a causa principal desta disfunção. Se a causa for puberdade, é melhor esperar pelo menos dois anos para a regressão espontânea ocorrer. Curiosamente, temos detectado que os garotos que modelam o corpo nas academias de ginástica desenvolvem a ginecomastia. Na pressa de resultados, ingerem esteróides, causando a deformidade, que só pode ser resolvida cirurgicamente. Existem outras causas de ginecomastia. Nos casos de homens de idade mais avançada, o uso de medicação no tratamento das úlceras gástricas, tumores da glândula mamária e alterações hormonais exigem uma maior investigação clínica.

A classificação da ginecomastia baseada nas necessidades cirúrgicas é a melhor. Para o planejamento cirúrgico, normalmente os especialistas preferem considerar três classificações:

Grau I: um botão localizado de tecido glandular que é concentrado ao redor da aréola que, geralmente, é fácil de remover; tórax não gorduroso e não há excesso de pele.

Grau II: ginecomastia difusa em tórax com mais tecido gorduroso, onde as margens do tecido não são bem definidas. A associação com lipoaspiração do tecido gorduroso ao redor é frequente.

Grau III: ginecomastia difusa com grande excesso de pele. Estes pacientes necessitam incisões externas à aréola, na pele, ou reposicionamento do complexo aréolo-papilar ou as duas associadas.

Cirurgia e Técnicas Atuais

A técnica cirúrgica depende do tipo de ginecomastia e de sua severidade. Os principais problemas relacionados ao tratamento cirúrgico da ginecomastia são irregularidades na superfície da mama e alterações no formato ou na posição do mamilo. O edema pós-operatório dura cerca de 7 a 10 dias e o déficit de sensibilidade local em geral é transitório, durando no máximo um ano na maioria dos casos.

A cirurgia consiste em um corte pequeno em forma de semicírculo na parte inferior da aréola (mamilo). A cicatriz não é aparente e fica praticamente invisível com o tempo. O cirurgião retira a glândula de consistência dura e aumentada, que deverá ser examinada por um patologista. Nos casos de ginecomastia gordurosa, a cirurgia pode ser feita com lipoaspiração da gordura mamária. Nesse caso, o ‘caroço’ que se apalpa é pequeno e a correção pode ser feita através de um pequeno furo, por onde o profissional penetra a cânula.

A escolha de anestesia local ou geral é de preferência pessoal e depende em parte do tamanho da mama e da incisão. Em homens adultos mais velhos com grau I de ginecomastia, a anestesia local é a mais fácil. Com grau II é mais difícil e anestesia geral é mais confortável.

A correção da ginecomastia grau I (localizada) é geralmente um procedimento cirúrgico simples. O grau II é mais difícil e apresenta uma série de problemas. Ondulações da pele torácica podem ocorrer após a cicatrização, podendo levar a depressão no centro ou nas periferias da lesão.

A combinação entre cirurgia e lipoaspiração dá os melhores resultados. A complicação cirúrgica mais comum é o hematoma. Pequenos hematomas são comuns após correção da ginecomastia grau II. Retração areolar pode ser evitada nos pacientes com grau I, mas é mais difícil evitar nos pacientes com grau II devido a natureza gordurosa do tecido encontrado. A sobra de pele é mais comum no paciente idoso que no jovem e pode ser corrigida secundariamente, já que muitos pacientes têm retração de pele satisfatória.

Recomendações sobre a ginecomastia

PRÉ- OPERATÓRIO:
– Comunicar-se com seu cirurgião até a véspera da operação, em caso de gripe ou indisposição..
– Internar-se no hospital indicado, obedecendo ao horário previamente marcado.
– Evitar bebidas alcoólicas ou refeições muito lautas na véspera da cirurgia.
– Evitar todo e qualquer medicamento para emagrecer que eventualmente esteja fazendo uso, por um período de 10 dias antes do ato cirúrgico. Isto inclui também certos diuréticos.
– Programe suas atividades sociais, domésticas ou escolares de modo a não se tornar indispensável a terceiros, por um período de aproximadamente 3 a 5 dias.
PÓS-OPERATÓRIO:
– Evite esforços nos 8 primeiros dias. Não movimente os braços em excesso. Obedeça as instruções que lhe serão dadas por ocasião da alta hospitalar, relativas à movimentação dos membros superiores.
– Evite molhar o curativo, até que seja autorizada a fazê-lo. Não se exponha ao sol ou friagem, até segunda ordem.
– Siga rigorosamente as prescrições médicas. Alimentação normal (salvo casos específicos que receberão a devida orientação), a partir do segundo dia, principalmente à base de proteínas ( carnes, leite, ovos ) e vitaminas (frutas e verduras).
– Voltar ao consultório para curativos subseqüentes e controle pós-operatório nos dias e horários estipulados.
– Provavelmente você estará se sentindo tão bem a ponto de esquecer-se que foi operado recentemente. Cuidado! Esta euforia pode levá-la a fazer esforços prematuros, o que determinará certos transtornos.
– Não se preocupe com as formas intermediárias nas diversas fases. Tire com seu cirurgião suas eventuais dúvidas.
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As perguntas mais comuns quanto a esta cirurgia são:

Toda cirurgia deixa cicatrizes, que no entanto costumam ficar bastante escondidas, o que é muito conveniente nos primeiros meses. As cicatrizes passarão, obrigatoriamente, por diversas fases até que se atinja a fase final de maturação. Assim é que temos:

A- PERÍODO IMEDIATO: Vai até o 30º dia e apresenta-se com aspecto pouco visível Alguns casos apresentam uma discreta reação aos pontos ou ao curativo.

B- PERÍODO MEDIATO: Vai do 30º dia até o l2º mês. Neste período haverá um espessamento natural da cicatriz, bem como uma mudança na tonalidade de sua cor, passando do "vermelho'' para o “marrom” que vai, aos poucos, clareando. Este período, o menos favorável da evolução cicatricial, é o que mais preocupa as pacientes. Como não podemos apressar o processo natural de cicatrização, recomendamos às pacientes que não se preocupem, pois, o período tardio se encarregará de diminuir os vestígios cicatriciais.

C- PERÍODO TARDIO: Vai do 12º ao l8º mês. Neste período a cicatriz começa a tornar-se mais clara e menos consistente atingindo, assim, o seu aspecto definitivo. Qualquer avaliação do resultado definitivo da cirurgia das mamas deverá ser feita após este período.
Geralmente ao redor da aréola.
Certas pacientes apresentam tendência à cicatrização hipertrófica ou ao quelóide. Esta tendência deverá ser avaliada pelo seu médico, durante a consulta inicial, oportunidade em que lhe são feitas perguntas sobre sua vida clínica pregressa, bem como características familiares, que muito ajudam quanto ao prognóstico das cicatrizes. Pessoas de pele clara não tendem a sofrer esta complicação cicatricial hipertrófica. Cicatrizes de cirurgias anteriores ou mesmo acidentais, ajudam no prognóstico.
Vários recursos clínicos e cirúrgicos nos permitem melhorar cicatrizes inestéticas, na época adequada. Não se deve confundir, entretanto, o “período mediato” da cicatrização normal (do 30º dia até o 12º mês) como sendo uma complicação cicatricial. Qualquer dúvida a respeito da sua evolução deverá ser esclarecida com seu médico e nunca com outras pessoas que, como você, “também estão apreensivas quanto ao resultado final”.
Geralmente não, desde que você obedeça às instruções médicas, principalmente no que tange à movimentação dos braços nos primeiros dias.
A cirurgia não costuma ter complicações sérias. Isto se deve ao fato de se preparar convenientemente cada paciente, além de ponderarmos sobre a conveniência de associação desta cirurgia, simultaneamente a outras.
Anestesia local , geral ou peridural.
De uma a duas horas. Entretanto, o tempo de ato cirúrgico não deve ser confundido com o tempo de permanência do paciente no ambiente de Centro Cirúrgico, pois, esta permanência envolve também o período de preparação anestésica e recuperação pós-operatória. Seu médico poderá lhe informar quanto ao tempo total.
Meio período a um dia.
Sim. Curativos associados a compressão elástica.
São retirados a partir do 7º dia.
Geralmente, após 2 dias.
Depende do tipo de exercícios. Aqueles relativos aos membros inferiores, poderão ser reiniciados em 15 dias, evitando-se o "alto impacto". Os exercícios que envolvem o tórax, geralmente devem aguardar além de 45 dias.

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